quarta-feira, 18 de abril de 2012

Ouvindo a Mãe Terra





Sim, eu sou mulher, eu pari o mundo e posso muda-lo só com meu ventre.

Guardo comigo a solução dos bichos, o mal dos homens e orgulhosamente: todo pecado do passado,  futuro e presente.

Ignoro o destino tomado pela razão, me encontro soterrada no elo perdido da paixão.

Mas sou extremamente forte, pantera atiçada pelo perigo de nossa atual condição, onde os filhos passam fome, meus hormônios explodem salvação.

Usina radioativa é usina do homem, a minha energia é a compaixão.

Me manifesto na natureza... Reverto minhas lágrimas em tsunamis, meus ciclos nas luas, meus temores nos vendavais.

E a chance dos meus filhos, é ouvir a mãe e quem sabe até descrer no pai: Se suas ordens não mudaram o mundo, não deveria tê-los deixado, passar de animais.









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